Por Luana Andrade
Acordei no meio da madrugada e você não estava ao meu lado. Andei pela casa e te encontrei toda retorcida no sofá. Ah, meu bem. A gente se ama tanto! O estranho é que brigamos com a mesma intensidade, são coisas equivalentes e acho que cheguei a uma conclusão de porque isso acontece: medo. Você tem medo de admitir que encontrou alguém. De ter que dividir o guarda roupa, o sabonete e a cama. Essa é a verdade. E eu te entendo, esse tipo de coisa assusta mesmo.
Você me vem cheia de metades; metade de um filme, de uma conversa, de uma noite, de uma vida. Eu quero passar um domingo chuvoso deitada em um colchão na sala - um colchão enorme, você sabe que sou espaçosa -. Quero ficar ali contigo só pelo prazer do cheiro, da presença sabe? Quero levantar as 15h pra fazer uma refeição saudável mas que no fim das contas vira um brigadeiro meio queimado porque não mexi direito enquanto você foi ao banheiro. Quero ver e rever " Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças " lá debaixo das cobertas. Quero imaginar nossa vida, planejar nossa casa, o jardim, o nome das crianças e a raça dos cachorros. Quero te contar meus segredos mais obscuros porque sei que você vai rir da maioria deles.
Eu consigo ver tudo isso pra nós, meu amor. Só tem que confiar em mim...Você me vem aí cheia de metades, só que eu te quero por inteiro.
terça-feira, 8 de outubro de 2013
segunda-feira, 30 de setembro de 2013
Puta que o pariu, George Orwell estava certo!
Por André Carmona
Então, de supetão, ele despertou. Abrindo os olhos, se viu mergulhado numa pilha de papéis; uma porção de contas não pagas misturada a jornais amassados, velhas anotações e fotos que lhe remetiam outros tempos. Na verdade, dera-se conta de que não havia sequer pregado os olhos a noite inteira, nem por um minuto. Pior, fora torturado por seus próprios pensamentos. Como um zumbi insone, remoera antigos sentimentos – ao menos tentara, incessantemente – para que pudesse se sentir mais humano, pois, dentro de seu peito, já não morava nada além de uma deletéria apatia.
Então, de supetão, ele despertou. Abrindo os olhos, se viu mergulhado numa pilha de papéis; uma porção de contas não pagas misturada a jornais amassados, velhas anotações e fotos que lhe remetiam outros tempos. Na verdade, dera-se conta de que não havia sequer pregado os olhos a noite inteira, nem por um minuto. Pior, fora torturado por seus próprios pensamentos. Como um zumbi insone, remoera antigos sentimentos – ao menos tentara, incessantemente – para que pudesse se sentir mais humano, pois, dentro de seu peito, já não morava nada além de uma deletéria apatia.
Há algum tempo, perdera
contato com todos os seres humanos que antes faziam parte do seu extenso e
ostensivo círculo social. Não se recordava exatamente se eram dias, semanas ou
meses. Não, meses, não. Talvez algumas longas semanas, pois a provedora de
serviço de televisão não havia cortado o sinal ainda; e ele era invadido, como
um violento rio que deságua no mar, por arrebatadoras e furiosas notícias
vindas da televisão, seu último elo com a sociedade que, outrora, havia ajudado
a construir.
Uma situação inusitada e
irônica, já que, quando um jornalista empregado, jamais obtivera a chance de
encarar o produto final de seu trabalho de forma tão íntima e verdadeiramente
translúcida. Ao contrário, encarara sua labuta como outra qualquer, não havia
tempo para desfrutes; a máquina do sistema o obrigara a escrever, escrever, sem
pensar, sem reflexão, tudo aquilo que queriam que ele dissesse, e não o que
realmente gostaria de ter dito. A redação - localizada no suntuoso edifício, de
uma das maiores e decadentes editoras do país -, com todos os seus pormenores,
o havia consumido durante os últimos 15 anos de sua vida.
Após sua conturbada e premeditada
demissão, passou, de certa maneira, a apreciar a antagônica sensação de
liberdade e prisão. A crise econômica mundial, dia após dia, jogava mais e mais
gente nas sarjetas. Entretanto, nada mais importava, dizia-lhe seu
subconsciente, isentando-o de culpas passadas. E destarte, ele analisava de
forma ácida e sóbria, como se fosse um espírito pairando sobre seu próprio
corpo, todas as notícias que, a charmosa e cínica âncora do jornal, reportava
com inocente insensatez.
Desde o primeiro sinal de
percepção aguçada, a primeira vez que lhe ocorrera todos estes estapafúrdios
sentimentos, começara a sentir-se como Winston Smith – célebre personagem do
romance 1984, do escritor George
Orwell. O sintoma inicial se apresentou ao ouvir que, por ordem do governador -
e com apoio de toda a mídia -, a polícia militar havia reprimido,
truculentamente, os milhares de manifestantes que lotavam a praça central da
capital, e protestavam em prol da melhoria dos serviços prestados pelo Estado.
Em
seguida, eclodiu a notícia da hipotética espionagem do governo estadunidense
sobre o governo brasileiro, de quem supostamente era parceiro, embora,
ideologicamente, o comando tupiniquim se sentisse mais atraído – teoricamente -
às ideias de esquerda, a Cuba; país que, há décadas, sofre na carne – de sua
população – os efeitos do cruel embargo econômico promovido pelos Estados
Unidos.
Uma rude incoerência,
profetizada por Orwell como duplipensamento,
ou, em suas palavras: “Saber e não saber, estar
consciente de sua completa sinceridade ao exprimir mentiras cuidadosamente
arquitetadas, defender simultaneamente duas opiniões que se cancelam
mutuamente, sabendo que se contradizem, e ainda assim acreditar em ambas; usar
a lógica contra a lógica, repudiar a moralidade e apropriar-se dela” (...) “esquecer o quanto fosse
necessário esquecer, trazê-lo à memória prontamente no momento preciso, e depois torná-lo a
esquecer; e acima de tudo, aplicar o próprio processo ao processo. Essa era a
sutileza máxima: induzir conscientemente a inconsciência, e então, tornar-se
inconsciente do ato de hipnose que se acabava de realizar. Até para compreender a palavra ‘duplipensar’ era necessário usar o duplipensar”.
Conceito
que se fez ainda mais presente, quando, por alguns minutos, deixou-se levar por
seus pensamentos, concluindo que, os próprios americanos, tão defensores da
democracia, prontamente se pusessem a invadir qualquer nação que discordasse de
seus princípios capitalistas e diferisse de sua cultura de consumo. O dinheiro
era o próprio Grande Irmão – referido
no livro como o “sábio” governador, líder de todas as nações -, símbolo de
controle total, de poder; que nos vigia e nos subjuga, não obstante as nossas
tentativas de escapar de suas afiadas garras.
Atordoado pela constatação, tão logo depois de retornar de sua divagação, questionou-se:
“Como um romance – dito ficcional – escrito na década de 40 poderia ser tão
real, tão atual?”. Empapado de suor, levantou-se. Prosseguiu cambaleando até a
cozinha, onde tomou um gole de água, acendeu seu último cigarro e murmurou: “Puta
que o pariu, George Orwell estava certo!”.
terça-feira, 24 de setembro de 2013
O Blues Paulistano
Coração de São Paulo, lugar onde a cidade pulsa intensamente. A principal avenida da metrópole não poderia ter um nome mais apropriado, cá estamos na Avenida Paulista, o suprassumo da selva de pedra.
A noite se mostrava fria, tipicamente paulistana, porém, um elemento se fez presente e antes, o que era frio, ferveu. Três garotos munidos de instrumentos musicais tocavam e sentiam o Blues, aquele mesmo estilo que se fez (e ainda faz) presente no Sul dos Estados Unidos. Era de causar inveja a qualquer outro guitarrista do gênero. De Robert Johnson a Eric Clapton.
Ao fundo, a Paulista se mostrava longa como um braço de guitarra e tão poética quanto ao solo de uma. As luzes da avenida deixavam o palco pronto pro show e as notas musicais se misturavam nos mínimos detalhes, aqui ou lá, nos rapazes tocando guitarra sem dó ou nas pessoas andando sem se preocupar com absolutamente nada.
No final, ainda restaria à cidade ser iluminada pela nota mais bonita e vistosa de todas, o Sol.
Por: Luís Felipe Coca
24/09/2013
A noite se mostrava fria, tipicamente paulistana, porém, um elemento se fez presente e antes, o que era frio, ferveu. Três garotos munidos de instrumentos musicais tocavam e sentiam o Blues, aquele mesmo estilo que se fez (e ainda faz) presente no Sul dos Estados Unidos. Era de causar inveja a qualquer outro guitarrista do gênero. De Robert Johnson a Eric Clapton.
Ao fundo, a Paulista se mostrava longa como um braço de guitarra e tão poética quanto ao solo de uma. As luzes da avenida deixavam o palco pronto pro show e as notas musicais se misturavam nos mínimos detalhes, aqui ou lá, nos rapazes tocando guitarra sem dó ou nas pessoas andando sem se preocupar com absolutamente nada.
No final, ainda restaria à cidade ser iluminada pela nota mais bonita e vistosa de todas, o Sol.
Por: Luís Felipe Coca
24/09/2013
quarta-feira, 18 de setembro de 2013
Histórias Que O Povo Conta
Inicio hoje, talvez sem dia nem horário melhor para tal, a sessão "Histórias que o Povo Conta".
Pra quem não sabe, hoje por volta das 11:20 ocorreu um acidente
na Linha 7-Rubi da CPTM. Com direção à Luz, o trem foi atingido por um trem de
carga que vinha no sentido contrário, em direção à Francisco Morato. O trem de
carga teve 4 vagões tombados que atingiram a lateral dos últimos vagões do trem
da CPTM.
Tendo em vista isso, hoje, por volta das 17h30 da tarde,
estou no trem com sentido à Francisco Morato; e com o trem parado na nova Vila Aurora, depois de
muitos “Estamos aguardando a movimentação do trem à frente”, “Estamos
aguardando ordem de comando para seguir viagem”, escuto a conversa de uma
senhora com um rapaz sobre o acidente de mais cedo.
Senhora- Sabe o acidente que teve lá em Franco? Eu “tava” lá,
foi horrível... Ainda bem que o trem “tava” chegando na estação de Franco, “tava”
devagar, se não teria sido pior... Aquele trem de carga, de terra, veio na
outra linha, mas tombou tudo do nosso lado, passou arranhando a lateral do trem
que parecia uma lata de sardinha.
Rapaz- É mesmo?
Senhora- E as portas do vagão não abriam, que desespero meu “fio”!
Os “home” tudo tendo que forçar pra abrir, mas ai passava um, eles soltavam e
fechava tudo de novo. E o cheiro de queimado que dava? Parecia que tinha algo
pegando fogo. Que desespero! Mas pra tu ver como as coisas acontecem quando tem
que acontecer, eu podia ter ido pra São Paulo amanhã, mas decidi ir hoje mesmo,
olha no que deu! Mas acho mesmo que nasci de novo, viu...
Rapaz- E teve gente que se machucou, né?
Senhora- Teve sim, eu mesma com sorte só machuquei um pouco
o dedo, mas tinha gente com criança, tinha gente que se assustou porque “tava”
dormindo... E a gritaria? O desespero que o povo fica? Teve gente que saiu de
lá de helicóptero. Foi bombeiro e ambulância pra todo lado, polícia, tudo...
Por Sandrini Matyas
terça-feira, 17 de setembro de 2013
Não gosta de macarrão? Não coma!
" Esses bando de sem vergonha tem que ser presos e queimar no fogo do inferno", disse minha avó no auge dos seus setenta e poucos anos em uma conversa casual sobre o casamento gay. Além dessa linda frase ela usou como argumento o fato de que " Deus não perdoa esse tipo de coisa, não ".
O nosso estado é cristão, por isso o preconceito religioso é uma das principais barreiras que os homossexuais encontram para exercerem o seu livre arbítrio, as pessoas usam a Bíblia como a sua própria constituição. Só que há um grande problema nisso; se uma pessoa não se baseia na religião para viver, se ela é ateia, porque é que ela deve ser submetida a esse julgamento pré estabelecido da crença alheia?
Todas as pessoas têm direito à felicidade independente de raça, credo ou condição sexual. Isso sim está na constituição.
O ser humano complica as coisas, mas é tudo muito simples. Não gosta de macarrão? Não coma! Odeia camisa branca? Não use! Não concorda com o casamento gay? Não case com alguém do mesmo sexo, apenas respeite.
Por Luana Andrade
quinta-feira, 12 de setembro de 2013
Old is cool: Uma viagem no tempo e no espaço pelos bolachões
Por André Carmona
Com uma publicidade de
medicamento antigripal estampada, em sua face norte e sul, o relógio, situado
numa das avenidas mais importantes da metrópole, refletia com exatidão a mescla
de difusos raios solares e densas nuvens sombrias que, apagando o sol, faziam
com que os ponteiros digitais se acendessem como vagalumes no verão, marcando o
horário exato de 12h47. O sorriso apressado e alegre do povo, apesar de todo
vórtex climático, nos dá pistas de que se trata de uma sexta-feira. Na estação
do metrô - que se conecta à rodoviária da cidade -, dois jovens, até então
desconhecidos, reconheceram-se. Apesar de nunca terem se visto antes – ou
talvez até tenham -, o modo de se vestirem – trajando parkas militares, chapéu
porkpie à jamaicana, buttons e patches em referência à cultura Mod e Skinhead -, aliado ao específico horário marcado nas catracas da
estação, sugeriam que estavam prestes a embarcar juntos na mesma viagem.
Enquanto esperavam um
amigo – DJ e colecionador de vinis, que se apresentaria em uma festa de música
negra, numa cidade menor localizada mais ao sul, onde igualmente a cena
efervescia -, os jovens já conversavam ansiosamente sobre o que estava rolando
na cena, a cultura de rua, as novidades, as viagens, os novos amigos, os tunes recém-adquiridos em
compactos de vinil 45rpm, e tudo mais que lhes viesse à cabeça. Ao chegar o
desajeitado e simpático amigo DJ, carregando sua maleta recheada de pérolas
jamaicanas, juntamente com os discos de seus amigos do sul – pois os southern boys esqueceram seu case de discos na última festa, na
caótica capital -, partiram em direção ao sul para, além de prestigiar a festa,
levar quase todo o próprio conteúdo da mesma.
Os leitores mais antenados e
apurados, provavelmente, assimilariam que se apresenta aqui um texto sobre
história; mais precisamente – do contexto britânico – sobre a música jamaicana,
o Ska, o Rocksteady, da cena Mod
à Skinhead, e tudo mais que
influenciou e foi influenciado pela juventude britânica dos anos 60, dos
Beatles à Pop Art, da geração Beatnik
ao Northern Soul.
Foto por João Paulo Buiar
Ao contrário do que se podia
prever no começo dessas tortas linhas, não estamos em Londres, na década de
60’s ou 70’s, vagando de uma cidade à outra, atrás de festas regadas à
anfetamina, muita bagunça , e música diretamente de vinis; muito menos em
Detroit, nos áureos tempos da Motown
– famosa gravadora americana, responsável por prover ao mundo dos mortais, as
mais belas canções da Soul
Music; e nem que os personagens foram tirados dos romances escritos por
Jack Kerouac, ou dos poemas de Allen Ginsberg.
O ano é 2013, o ponto de partida é a cidade de São Paulo e o destino é a capital paranaense. Na bagagem dessa turma: muito amor à música – especialmente à jamaicana -, e à maneira mais tradicional e clássica de curti-la, através de compactos originais e reprensagens, tudo em discos de vinil, para manter a fidelidade sonora e a experiência particular de quem a escuta; pois só assim, na forma mais crua possível, sem auxílio de novas tecnologias, há a possibilidade de realmente sentir a música, a vibração das melodias e compreender, mesmo que inconscientemente, seu processo de construção. O mais curioso e esquizofrênico de tudo isso é que, justamente essa necessidade de voltar às raízes, foi difundida através da internet. Há muitos canais de compra e venda de vinis, sites especializados, blogs, grupos de discussão, e bastante conteúdo para baixar em mp3, aguçando a curiosidade dos novatos, e expandindo a demanda por discos de vinil e eventos que atraiam esse público específico.
Esse fenômeno não é somente
brasileiro e, tampouco, se restringe apenas à música jamaicana. Está
acontecendo no mundo inteiro, com diversos ritmos e fenômenos sociais. São
verdadeiras expressões culturais de distintos grupos, que se unem pelo amor à
música, em busca de novas experiências. Esta motivação contrapõe-se
radicalmente à teoria de que a internet pudesse ter um efeito negativo sobre
outras mídias; que ela aniquilaria os livros em detrimento dos mais cômodos
e-books, ou que o mp3 sacramentasse o golpe final nos CD’s e LP’s. O
consumo e a demanda por Cultura se reinventam a cada ciclo, e na era da
internet não seria diferente. Tudo está na internet. Não tem mais graça ter
apenas cultura digital; as pessoas estão buscando novos limites para a
experiência, e é aí que se inicia a vontade de colecionar vinis, por exemplo,
alega Marcio Néri, colecionador e colaborador do coletivo “Reggay Oldies – Os
Invasores”, em uma longa conversa sobre os queridos bolachões, percorrendo os
400km das tortuosas estradas que separam São Paulo de Curitiba.
Néri ainda nos lembra que, os sound systems – coletivo de seletores ou
DJ’s que davam festas com ampla aparelhagem, em cima de caminhões, nas ruas de
Kingston, capital da Jamaica – , foram os precursores da discotecagem, e
embarcaram no Brasil através de São Luís do Maranhão – a capital brasileira do
reggae -, onde o ritmo caribenho é apreciado sem moderação há décadas. Tanto na
Jamaica quanto no Brasil, esses coletivos buscavam ter os melhores e mais raros
discos de reggae já lançados, pois dessa forma, as festas produzidas por eles
estariam fadadas ao sucesso, impondo aos coletivos rivais que buscassem novos
discos, cada vez mais raros, para atrair mais gente aos seus eventos, e assim
sucessivamente. A coisa era tão séria, que um conhecido colecionador de discos
maranhense, em viagens à Jamaica para compras, chegou a riscar alguns
exemplares repetidos para que seus rivais não os adquirissem, assim, apenas ele
teria aquele específico vinil, transformando-o em raridade. Confira vídeo abaixo:
Como nem tudo na vida são
flores, correr atrás e colecionar esses preciosos bolachões demandam tempo e
dinheiro, mas valem muito a pena - assente Néri. A maior dificuldade para o
colecionador é justamente encontrar os vinis mais raros, que geralmente se
encontram no exterior, e disponíveis – quando disponíveis – somente por meio da
internet. Há ainda o frete e a possibilidade de o vinil ser taxado, encarecendo
ainda mais o produto. Entretanto, o universo dos vinis abre portas, te leva a
buscar outras referências – como, por exemplo, o artista da capa, os
instrumentistas da banda, produtores, etc. -, ampliando a bagagem cultural e
massageando os ouvidos – com a bela qualidade sonora e durabilidade
indiscutível – de quem ousa imergir nesse mundo. As festas, aliás, como afirmou
Néri, não são pelo dinheiro – até porque não dá para se ganhar dinheiro, não
estamos em São Luís -, mas sim, pelo prazer da música, pelas amizades, pela
divulgação da cultura.
Foto por João Paulo Buiar |
segunda-feira, 9 de setembro de 2013
A Onda
Alemanha, 2008. A superação dos
regimes nazi-facista estão nos simples compostos do dia-a-dia nas cidades. Mas
quem diria que com um orçamento de cinco milhões de euros, um avô nazista, e um
experimento social real na Califórnia, colocaria em discussão a sociedade como
massa de manobra?! Dennis Gansel é o responsável por isto e trouxe no ano
referido, no início do texto, um filme surpreendente, Die Welle, ou em
português, A Onda.
Tudo começa com um simples
questionamento na aula de autocracia, na escola de ensino médio, onde o
professor Rainer Wenger leciona. Seria mesmo impossível haver resistência na
subordinação da sociedade atual, supostamente mais esclarecida, em relação a
regimes extremistas, ditatoriais? A resposta se faz através de um exemplo com
os próprios alunos. Primeiro cria-se a identificação como nome, símbolo e uniforme
(somente roupas brancas), o professor também mostra que através de uma marcha
eles podem se sentir partes de uma mesma entidade. A partir disto, as reações
comportamentais se modificam lentamente, seguindo o exemplo da menina que se
veste de vermelho enquanto todos estão de branco... sem nenhuma exceção, todos
excluem-na dos círculos de conversa. Mas as coisas tomam proporções
inimagináveis.
Com duração aproximada de 1h
50min, o filme raramente deixa de prender a atenção do espectador. Vale
ressaltar que o tom da iluminação do filme, varia do início ao fim, de acordo
com a gravidade das situações. Primeiro um lugar iluminado e gradualmente vai
escurecendo até o desmembramento do grupo. O grande “x” do filme está nos
jovens que são os mais sensíveis ao bombardeio ideológico. Merece maior
atenção, Tim – interpretado por Frederick Lau, um dos estudantes que possui
maior envolvimento com a ideia, pois pela primeira vez se sente aceito por um
grupo. O ator foi premiado com o Deutscher Filmpreis (premiação do cinema alemão).
Como na maioria dos casos, filmes
interessantes possuem histórias mais interessantes ainda por detrás das
câmeras. “A Onda” está baseado no caso “Third Wave”, um experimento usado pelo
professor Ron Jones em Palo Alto, na Califórnia. E não por menos interessante,
o avô do cineasta era nazista, então somente assim ele conseguiu perceber que a
alma desses regimes estava apoiada na sedução, persuasão.
Vale conferir!
domingo, 8 de setembro de 2013
Galáxia de cocar
São Paulo além de terra da
garoa deveria ser conhecida também como terra da poluição. De acordo com o site
da CETESB (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) os parâmetros para a
cidade variou, em 2012, entre N2-Moderada e N4- Muito Ruim, sendo este em dias
de baixa umidade. A quantidade de partículas por metro quadrado impossibilita a
visão das estrelas, e ressalta-se que a quantidade de luz que a cidade emite é
outro fator implicante. Porém caso tenha oportunidade de escapar para cidades
como Olímpia, Dourado, Colômbia – ou nominadas cidades interioranas- repare no
céu à noite e procure pelas constelações. O Planetário do Ibirapuera e o do
Parque Cientec podem nos oferecer diversos nomes derivados tanto de Roma
(Andrômeda, constelações do zodíaco) como da época das grandes navegações, mas
deve-se pensar que os nomes e os desenhos criados variam de acordo com a
cultura. E por que não olhar os céus com olhos de tupi-guarani? Cita-se a
constelação da Ema, do Homem Velho, da Anta do Norte e do Veado.
Para quem se
interessou no assunto, vale conferir o link a seguir. http://www.telescopiosnaescola.pro.br/indigenas.pdf
E para quem quer garantir um passeio diferenciado nos finais de semana:
Planetário
e Escola Municipal de Astrofísica Prof. Aristóteles
Orsini
End.: Av. Pedro
Álvares Cabral, s/nº, portão 10 (para pedestres) ou portão 3 para
estacionamento, com uso de cartão zona azul - Parque do Ibirapuera, zona
sul, São Paulo (cerca de 5 Km do Metrô Santa Cruz).
Parque
CienTec
End.: Av. Miguel Stéfano, 4200 – Água Funda (em frente ao Zoológico), zona sul, São Paulo.
End.: Av. Miguel Stéfano, 4200 – Água Funda (em frente ao Zoológico), zona sul, São Paulo.
sábado, 7 de setembro de 2013
iWorld
Anos 2000. O mundo sob uma nova perspectiva. Com o avançar
dos anos, o ser humano progrediu muito na questão tecnológica, principalmente
no que diz respeito a comunicação. Mas será que esse avanço é mesmo tão
benéfico a nós?
Ao sair pela cidade, não é difícil repararmos pessoas com
seus inseparáveis fones de ouvido, celulares, iPads, etc. Pelo contrário, de
uns tempos pra cá, tornou-se difícil reparar alguém que de fato prefira olhar o
mundo ao seu redor do que dar uma breve espiada no Instagram ou no Facebook.
É fácil citar um exemplo: Entramos no metrô da cidade, um
universo subterrâneo. Você está num vagão não muito cheio, o suficiente para
você ter uma visão panorâmica do mesmo. Ao seu lado, está sentado um rapaz que
troca SMS provavelmente com sua namorada ou com algum amigo do trabalho. Na sua
frente, está sentada uma moça que ri descontroladamente enquanto olha para o
próprio celular. E lá nos confins do vagão, você nota outro rapaz, este, por
sua vez, não está vidrado em seu celular e sim, atento a música que toca em seu
fone de ouvido. Apenas tente parar pra contar quantas pessoas você vê tentando
escutar alguma história contada por terceiros a seus acompanhantes ou quantas
pessoas decidem olhar pela janela e ver a paisagem que essa selva de pedra em
que vivemos, nos oferece.
A praticidade oferecida por esses meios de comunicação é
indiscutível, porém, estaríamos de fato presos num mundo alternativo onde uma
conversa virtual viria a ser muito mais frequente do que uma conversa “olho no
olho”? Teríamos deixado de perceber o quão bonito pode ser um pôr-do-sol
simplesmente por termos perdido o costume de olhar pro horizonte no final da
tarde? Por fim, refaço a pergunta: Será que esse avanço é mesmo tão benéfico a
nós ou é natural a evolução tecnológica se sobrepor às relações humanas?
Por: Luís Felipe Coca
07/09/2013
Moda Étnica
Seja bem vindo à página INVENTANDO MODA, aqui vamos discutir sobre Moda singular.
Vestir-se bem é o encontro do seu corpo com seu jeito de ser, hoje a Moda é você quem faz.
Antes vestíamos o que estava na mídia (indústria cultural maciça), hoje você pode escolher o que combina contigo, a satisfação é plena, claro! Você não precisa saber de tudo, mas importante é seu conforto, vestir para você e não para os outros, aqui iremos te ajudar ter elegância com estilo próprio... Afinal de contas “A moda não é para todos, mas a elegância é para você”.
Primeira lição: Conheça seu corpo e suas necessidades;
Segunda lição: Se ame e não tenha medo de erra, porque aqui estamos aprendendo a se redescobrir e a descoberta é uma tarefa difícil.
Terceira lição: mãos a obra... Let’s GO!
A moda é composta de diversos estilos que podem ter sido influenciados sob vários aspectos, que acompanha o vestuário e o tempo, que se integra ao simples uso das roupas no dia-a-dia.
É uma forma passageira e facilmente mutável de se comportar e, sobretudo de se vestir.
Essa pequena introdução na moda é para você entender como ela funciona e como pode ser facilmente aplicada e moldada para você, em pleno século XXI a moda é adaptada a sua personalidade.
Você já deve ter percebido a invasão de geometrias que lembra tribos ou grupos africanos esse estilo é chamado de Tendência Étnica, a diversidade de cores e formas une um conjunto de ideias para todos os gostos.
Descubra o seu e arrase.
Seja quem você quer ser!
Vamos começar retratando a tendência que esta invadindo o mundo com muitas cores e geometrias, estou falando da moda Africana, digna para toda mulher diva, poderosa e sexy contemplando o charme masculino.
Não importa sua etnia ou conceitos conservadores, sua beleza interior sobressai o exterior.
Pequenos assessórios fazem grande diferença, o segredo é entender o equilíbrio das cores dominantes. Como fazer isso? Simples! Observe nos dois casos, no masculino a cor em menos destaque é roxa da bermuda, sua blusa equilibra o conjunto destacando roxo.
A imagem feminina acontece o mesmo com casaco laranja,a cor externa sobressai,dando preferência para os menores pigmentos, é como se fosse uma obra de arte.
A estilista Coco Chanel lançou as listras em preto e branco, indicada para alongar a silhueta e atualizar o universo da Moda.
As listras viraram uma febre na coleção de inverno 2013 e promete continuar sua temporada no verão 2014 em alta, e vai bem com tudo, é só acertar nos detalhes e adaptar ao seu estilo. Qual é o seu?
Se você ainda está temerária de entrar de cabeça no estilo Afro étnico Pop, ouse aos poucos, adotando uma peça e algum acessório. Depois, é só se permitir, que o estilo entra em você!
Uma dica valiosa nas estampas geométricas que serve para todos.
As estampas visualmente criam volumes, onde podemos brincar de esconde mostra, como assim?
Você que tem quadril largo evite usar essa geometria principalmente as combinações de branco com preto, aposte nas estampas em formato de V como na imagem do vestido cinza, vai neutralizar o quadril largo, mas quem não tem seios grandes e nem volumes nos quadris pode usar e abusar é ótimo para alavancar.
Despojada |
Estilosa |
Elegante |
Conservador |
Fashion |
Temático |
Eclético |
Poderosa |
Social |
A camiseta social lisa amarela ou jaqueta jeans consigo montar um estilo casual elegante, durante o dia, para noite pode arriscar um tom de estampa, mas forte, vale salientar que as geometrias ressaltam as formas do seu corpo (falei sobre esse aspecto no início da matéria),descubra em seu corpo o que pretende destacar, as estampas africanas são aliadas para isso, se você prefere esconder essa não é uma boa opção.
A versatilidade das estampas é muito chique, explorar cores e brincar com peças neutras você consegue montar vários looks para cada ocasião.
Não tenha medo de adquirir acessório étnico no seu guarda-roupa,ele funciona como uma peça coringa,ocasiões especiais que fazem a diferença na sua personalidade e estilo.
Não tenha medo de adquirir acessório étnico no seu guarda-roupa,ele funciona como uma peça coringa,ocasiões especiais que fazem a diferença na sua personalidade e estilo.
Na próxima postagem sobre a tendência étnica vou apresentar os acessórios em geral e como usa-los.
A proposta para o verão de 2014 é ousar,expandir as cores e as formas de viver,revele a sua.
quinta-feira, 5 de setembro de 2013
O futebol além das quatro linhas
Futebol, o esporte mais querido do país. Esporte que já nos deu momentos
de pura alegria, mas também de total tristeza, seja com nossa seleção, seja com
nosso clube do coração. Porém, ele não se resume àquilo que vemos dentro de
campo, aos “vinte e dois homens suados correndo atrás de uma bola”. O futebol
transcende as quatro linhas, envolve questões complexas e engloba questões
políticas, culturais, religiosas e sociais.
Um exemplo disso são alguns grandes clássicos que acontecem pelo mundo.
Na maioria das vezes esses grandes jogos carregam consigo questões históricas
de cada país, que sobrevivem até os dias de hoje. Na Sérvia (ex Iugoslávia),
por exemplo, o jogo entre Estrela Vermelha e Partizan Belgrado vai muito além
do que acontece durante os 90 minutos. Os dois clubes, fundados logo após logo
após o fim da Segunda Guerra Mundial, protagonizam um dos jogos mais tensos e
violentos da atualidade. O motivo? Partizan foi criado como time do exército,
enquanto o Estrela Vermelha foi criado por universitários combatentes,
defensores da velha união.
Na Espanha, na Holanda e na Itália ocorre algo parecido. O maior
clássico do mundo na atualidade, Barcelona x Real Madrid, viu sua rivalidade
surgir quando os catalães, símbolo da luta contra a ditadura, adotaram o
Barcelona, e o Real Madrid era um time ligado aos poderosos do governo (além de
ser o time de Franco). Na Holanda, o Ajax (um dos maiores clubes do país) foi
fundado num bairro judeu de Amsterdam. Nos clássicos contra o Feyenoord, a
torcida do Ajax, que leva bandeiras que contém símbolos judaicos, como a
Estrela de Davi, e vê a torcida rival (em sua maioria, nazista) responder com
sons que imitam os das câmaras de gás usadas por Hitler, além de hostilizar
jogadores negros. Na Itália, o jogo Lazio x Roma teve sua rivalidade criada
quando Mussolini assumiu ser torcedor da Lazio, impedindo que o time se unisse
com os demais clubes da cidade para formar um único time (que se chamaria
Roma). Dessa forma, a Lazio ganhou a torcida dos nacionalistas, enquanto os
socialistas defendiam a Roma.
Na Grécia e na Argentina a questão pende mais para o lado social. Boca
Juniors e Olympiakos são times de áreas mais pobres, de operários, e fazem
clássicos com River Plate e Panathinaikos, respectivamente, que são clubes da
elite. Na Turquia, Fenerbahce e Galatasaray tem na geografia um dos motivos de
sua rivalidade, que se traduz num dos clássicos mais tensos do mundo. O
Galatasaray fica do lado europeu da capital Istambul, o lado dos aristocratas, enquanto
o Fenerbahce fica do lado asiático, o lado dos “plebeus”.
Por fim, na Alemanha e na Escócia, os clássicos encontram motivos
religiosos. Separadas por cerca de 40 quilômetros, Gelsenkirchen e Dortmund
pertencem à mesma região, que é em sua maioria protestante. Nesse contexto, o
Borussia Dortmund foi criado por católicos. A rivalidade entre Schalke 04 e o
time de Dortmund é tamanha que os torcedores nomeiam de “cidade proibida” a
cidade do clube adversário. Celtic x Rangers acontece há mais de 120 anos na
Escócia. O Celtic foi fundado por um padre católico irlandês, enquanto o
Rangers é o clube da elite protestante de Glasgow. Esses dois clubes já
passaram por períodos onde não aceitavam jogadores de outras religiões em seus
respectivos elencos. Um fato curioso é que num clássico, em 1931, uma briga no
gramado terminou com a morte de um jogador.
Vimos que o futebol vai muito além do que é disputado dentro das quatro
linhas. Existem questões históricas e culturais de cada país que interferem, e
muito, no esporte mais querido por nós. Essas questões não são simples de se
resolver, talvez nunca se resolvam, pois vêm de muito tempo atrás, antes mesmo
do futebol existir. Mas uma coisa é fato: deixam esse esporte ainda mais fascinante,
além de nos mostrar um pouco do que é a cultura, a história de cada país.
Por:
Lucas Valenci,
05/09/2013.
Fomos à Lua ou somos de lua?
1945. Fim da Segunda Guerra Mundial. Início de um período de
tensão que perduraria por 46 anos. Estados Unidos x União das Repúblicas
Socialistas Soviéticas. Capitalismo x Socialismo. Liberdade Civil x Ditadura Comunista.
Esse foi o cenário inicial da Guerra Fria, duas superpotências medindo forças,
sejam elas políticas, econômicas ou militares, indiretamente, nunca alcançando
o ponto de ataques bélicos.
Dentro desse cenário, mais precisamente no final da década
de 1950, surgiu a Corrida Espacial. Com o crescente benefício tecnológico dos
países e na tentativa de superar um ao outro, Estados Unidos e a URSS começam a
investir firmemente no campo aeroespacial. Em 1957, é lançado ao espaço, o
satélite soviético Sputnik 1, com o objetivo de orbitar o planeta. No mesmo
ano, no mês de novembro, os soviéticos lançam o Sputnik 2 que contava com uma
tripulante: a famosa cadela Laika. Sendo assim, o primeiro ser vivo a sair do
planeta.
Vendo a União Soviética sair na frente nessa corrida, os
Estados Unidos logo trataram de lançar o Explorer I, em 1958. Porém, como permaneciam na frente, em 1961, os soviéticos lançam a Vostok 1, tripulada por ninguém mais
ninguém menos que Yuri Gagarin, o primeiro ser humano a ir e voltar ao espaço,
vivíssimo para contar a história. É de Gagarin, a famosa frase: “A Terra é azul!”.
Necessitando de uma resposta imediata aos soviéticos, o
presidente americano John Kennedy, faz a promessa de enviar americanos à Lua
até o fim dos anos 60. Mais uma vez, a União Soviética tenta contra atacar e
chegar no nosso satélite natural antes dos americanos, porém, devido a falhas
na missão Zond, o contra ataque não foi efetivo. Assim, em 21 de dezembro de
1968, é lançada a Apollo 8 que, com sucesso, orbita a Lua na noite de Natal e
retorna em 27 de dezembro do mesmo ano.
Após a Apollo 8, era sabido que a chegada na Lua seria
questão de tempo, e não demorou a se concretizar. A missão Apollo 11 foi a
quinta missão do Projeto Apollo, porém, a primeira a aterrissar no satélite
natural de nosso planeta. A tripulação contava com Neil Armstrong, Buzz Aldrin
e Michael Collins, sendo este último o único a não pisar na Lua. A histórica
saga, acompanhada por milhões de pessoas ao redor do mundo, teve início no dia
16 de julho de 1969, no Cabo Canaveral, na Flórida.
A viagem foi absolutamente tranquila, assim como o nome de
onde deveriam pousar, o chamado “Mar da Tranquilidade”. Com tudo correndo
dentro do previsto, chega o tão sonhado momento, depois de tantos
investimentos, tantos estudos sobre o Espaço, tantas brigas travadas entre EUA
x URSS, o homem finalmente pisaria na Lua. O mundo inteiro estava parado,
congelado, vidrado frente aos televisores que exibiam a história sendo escrita.
Armstrong, o primeiro a sair do módulo, profere a seguinte
frase antes de seus pés tocarem o solo lunar: “É um pequeno passo para o homem,
um salto gigantesco para a humanidade.” E assim o faz. Considerada uma das
frases mais brilhantes já ditas pelo homem, a frase viria a se tornar um marco
na história a partir de então. A comemoração na Terra era incessante,
principalmente por parte dos americanos, que haveriam liquidado a URSS nessa
corrida espacial.
Após duas horas de caminhada, Aldrin e Armstrong, cravaram a
bandeira dos Estados Unidos e deixaram uma placa com os dizeres: “Aqui os homens
do planeta Terra pisaram pela primeira vez na Lua. Julho de 1969. Viemos em paz, em nome de toda a
humanidade.” O módulo retornou à Terra em 24 de julho de 1969 com os três
astronautas salvos e tidos como heróis. Os EUA abandonaram o objetivo de
explorar a Lua em 1972 e desde então, nenhum ser humano retornou ao satélite.
Mas será que o ser humano chegou a pisar de fato na Lua?
Teria sido Armstrong o primeiro a pisar na Lua ou teria sido tudo uma farsa dos
EUA, feita num estúdio de Hollywood ou em um de seus desertos, para liquidar a
URSS?
Existem inúmeras pessoas que acreditam que o homem esteve
naquele ponto infinitesimal do Universo,
outras já vão pelo caminho inverso, dizem que tudo não passou de uma farsa
americana muito bem bolada.
Sombras em direções diferentes, bandeira tremulando onde não
há vento, a Terra extremamente diminuta quando vista da Lua, pegadas formadas
em um local onde não há umidade, nenhuma marca deixada pelo propulsor ao tocar
o solo lunar, a ausência de estrelas, etc. Esses são apenas alguns fatores que
os mais céticos utilizam para reafirmar a ideia de que o homem não foi a Lua.
Porém, como contraponto, os que acreditam nessa ida abordam
alguns tópicos interessantes, dentre os quais: As rochas trazidas não existem
em nenhum lugar do planeta, os refletores que foram lá deixados, a experiência
de Armstrong ao jogar uma pluma e um martelo em direção ao solo e os dois
tocarem o chão ao mesmo tempo, etc.
Verdade ou mentira, talvez nunca saberemos o que de fato
aconteceu naquele 19 de julho de 1969, a intriga ainda irá perdurar por muito tempo
em nossas cabeças.
Por fim, aqui vai um vídeo que fica entre uma linha tênue:
Teria sido o maior ato da humanidade ou a maior fraude que o mundo já viu?
E você, acredita?
Por:
Luís Felipe Coca
05/09/2013
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